Produção industrial melhora, mas mantém desempenho fraco

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A produção industrial oscilou 0,21% no mês de junho quando comparada a maio de 2012, depois de três meses seguidos de desempenho negativo que acumularam perdas de 2,1%, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Frente ao mesmo mês de 2011, a indústria nacional sofreu uma queda de 5,5% – décimo resultado negativo seguido, e o mais intenso desde setembro de 2009 (-7,6%). A queda é de 3,8% no semestre, e de 2,3% nos últimos doze meses.

De janeiro a junho de 2012, os ramos da indústria que mais apresentaram recuo na produção foram: bens de capital (-12,5%), bens de consumo duráveis (-9,4%) e bens intermediários (-2,5%). Os níveis de produção industrial estão ligados à baixa intenção de consumo das famílias, que seguram o consumo por conta dos níveis de calote, e ao câmbio.

Ainda assim, na passagem de maio para junho, 12 dos 27 ramos investigados apontaram avanço na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3,0%). Todas essas categorias apresentaram melhora em relação a maio.

Média móvel

A evolução do índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou oscilação negativa, de 0,4%, no trimestre maio–junho, mantendo o comportamento predominantemente negativo observado desde agosto de 2011.

Entre as categorias de uso, os resultados negativos foram registrados por bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) e bens intermediários (-0,5%), que prosseguiram com as trajetórias descendentes iniciadas em março e abril últimos, respectivamente.

No acumulado de 2012, a produção de bens semi e não duráveis caiu -0,3%. O segmento de bens duráveis avançou 0,7% em junho frente ao patamar do mês anterior, acelerando o ritmo frente ao resultado de maio (0,2%).

O setor produtor de bens de capital (0,2%) também apontou taxa positiva no mês, a terceira consecutiva nesse tipo de indicador, mas a menos intensa da sequência. Nos seis primeiros meses de 2012, o setor foi pressionado pela menor fabricação de bens de capital para transporte (caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, chassis com motor para caminhões e veículos para transporte de mercadorias), segundo o IBGE.