Sindicato de professores mantém a greve nas universidades federais

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O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) divulgou nesta segunda-feira (10) um comunicado reforçando que a greve de professores das universidades federais continua, apesar de várias associações docentes terem anunciado a saída do movimento. A greve começou no dia 17 de maio, chegou a ter adesão em 57 das 59 instituições, mas agora em menos da metade (23 instituições) os professores mantêm a paralisação sem prazo para voltar ao trabalho.
Segundo o Andes, professores de 17 universidades federais votaram no final da semana passada pela continuidade da greve. Em outras seis, a greve também continua. Docentes de outras 13 instituições optaram pelo fim da paralisação. Outras nove já haviam saído do estado de greve. Além disso, em várias universidades ficou decidido manter a greve mas com indicativo de suspender o movimento no dia 17.

Segundo o Andes, professores de 17 universidades federais votaram no final da semana passada pela continuidade da greve. Em outras seis, a greve também continua. Docentes de outras 13 instituições optaram pelo fim da paralisação. Outras nove já haviam saído do estado de greve. Além disso, em várias universidades ficou decidido manter a greve mas com indicativo de suspender o movimento no dia 17.

O Andes afirma que uma nova rodada de assembleias será realizada até quinta-feira (13) para definir se o movimento pela paralisação continua e quais estratégias os professores vão adotar para tentar reabrir as negociações com o governo. O sindicato diz que o movimento vai "intensificar as ações juntos ao executivo e legislativo, em nível local e nacional".

Segundo nota do Ministério da Educação, até a próxima segunda-feira (17) as aulas serão retomadas na Unifesp, UFJF, Ufla, UFRB, UFBA, Unifap, UFMA, UFGD, UFTM, Ufersa, UFSM, UFS, UFCG, Unirio, UFPE, Ufra, UFT e UFAC. Em outras universidades que saíram da greve, como a UFPE, UFRJ e UFMG, ainda não foi definida a data de retomadas das aulas.

 

 

VEJA A SITUAÇÃO DA GREVE DOS PROFESSORES NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

UNIVERSIDADES FEDERAIS COM PROFESSORES EM GREVE

Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
Universidade do Vale do São Francisco (Univasf)
Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra)
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila)

UNIVERSIDADES FEDERAIS COM PROFESSORES QUE SAÍRAM DA GREVE

Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
Universidade Federal de Lavras (Ufla)
Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Universidade Federal de Grandes Dourados (UFGD)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal de São Carlos (UFScar)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade de Brasília (UnB)
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)
Universidade Federal do ABC (UFABC)
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
Universidade Federal do Pampa (Unipampa)

UNIVERSIDADES FEDERAIS COM INDICATIVO PARA SUSPENDER A GREVE ATÉ DIA 17

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRV)
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Universidade Federal do Amapá (Unifap)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa)
Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Universidade Federal do Tocantins (UFT)

UNIVERSIDADES FEDERAIS QUE NÃO ENTRARAM EM GREVE

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Universidade Federal de Itajubá (Unifei)

Fonte: Andes-SN; ME

Negociações encerradas
O Ministério da Educação diz que as negociações com os professores estão encerradas desde 3 de agosto, quando a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou o acordo com o governo. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior.

No dia 23 de agosto, o Andes protocolou uma contraproposta ao governo federal sobre a reestruturação da carreira docente. No documento, o Andes afirma que aceita o piso salarial proposto pelo Ministério do Planejamento de R$ 2.018,77 para professores em início de carreira e regime de trabalho de 20 horas semanais e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios.

Pela contraproposta do sindicato, o reajuste seria maior que o proposto pelo governo para professores em regime de 40 horas semanais, mas o teto salarial do professor com doutorado e regime de 20 horas semanais ou dedicação exclusiva com a universidade seria apenas um pouco mais alto (veja tabela ao lado).

O Andes considera ainda uma estrutura da carreira com 13 níveis, enquanto a proposta final do governo divide os níveis em cinco classes, incluindo a de professor titular, onde só existe um nível. O MEC afirmou que a proposta feita pelo Andes "defende um investimento superior a R$ 10 bilhões e o fim da titulação como critério de progressão". O acordo do governo com o Proifes, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem impacto de R$ 4,3 bilhões.